Reconstrução do Tendão do Tornozelo Direito.

Falando sério? Trabalhando como enfermeira, jogando basquete, escalada, longas caminhadas e claro, dançando o que mais eu poderia esperar do meu tendão?

Pois é. Eu poderia esperar um tendão saudável e cheio de energia.

Aí a pergunta que não quer calar? Mas o rompimento do tendão não foi por excesso de uso ou ter forçado ao limite?

A minha resposta (AQUARIANA) – poder ser TAMBÉM. Mas do meu ponto de vista, esse tendão e o ligamento também, simbolizam ligações interpessoais. Das quais eu venho me privando por toda a minha vida e recentemente fui privada pela pandemia.

O médico cirurgião disse que essa lesão é velha. Eu também sou velha. São 50 anos de carreira profissional e de aventuras. E de erguer uma barreira ao meu redor para manter o mundo do lado de fora. E aparentemente eu fui muito bem sucedida nisso.

Por favor não me vejam como uma vilã que não gosta de estar com pessoas. Eu mesma já me culpei por isso, inocentemente. Até finalmente compreender que o fato não é gostar ou não de estar perto das pessoas e sim poder sentir TUDO o que CADA uma delas sentem.

Você consegue se imaginar num elevador lotado com 50 pessoas e cada uma mencionando uma dor ou um problema e dilemas e fazer você pensar ou sentir que são seus? Pois é assim que me sinto.

A magia de sentar no aeroporto e poder sentir as boas vibes e conectar-me com as mentes, na maioria das vezes felizes, é magnifico. Mas o mundo está mais para ponto de ônibus onde todos estão apressados, atrasados, estressados, arrependidos, com alguma dor física ou mental, na massante maioria das vezes.

Esse mecanismo de defesa que desenvolvi custou-me dois tendões. Em breve terei de operar o tornozelo esquerdo também.

Se tiro alguma lição disso? Acho que é mais que uma lição. É um filosofia de vida. “Você é responsável pelas consequências dos seus atos.” Eu optei não sofrer pelo outro e escolhi ser enfermeira. Loucura.

Quanto mais eu em afastava dos entes queridos, amigos e família, mais eu me envolvia com os meus pacientes. Literalmente. Quantas e quantas vezes eu ofereci ajuda pós altas? Quantos curativos feitos, quantas pressões medidas? Quantas injeções dada? e assim por diante… Um de meus pacientes chegou a ser meu pagem no meu casamento. Preciso dizer mais?

2022 = 2+0+2+2 = 6 e Seis na numerologia é conexão. Estou trabalhando meu eu interior para reconectar com as dores e sabores do mundo. Talvez eu precisasse desses 50 anos de experiência para compreender isso com a clareza que compreendo hoje.

Namastê

Aneci Fernandes

Night of Sex

If you know me, You will understand what I will tell you. If you do not know me, welcome to my blog. Hope everyone enjoys it.

I am not gonna beat around the bush.

What makes this or that the best sex ever?

You must say the partner makes the difference. It is true. You also can say it is about desire. That also is true. You can add mode, aphrodisiac food, drinks, temperature, compatibility… name it.

I am talking about sex, no love.

Sex is something you want immediately. Love you need to prepare your soul and your partner’s soul.

Speeling the beans, my husband was just fantastic last night. I am not sure if it was because I was taken by surprise or it was just veeeeeery gooooood.

I love his hands. The way that he touches me. His kisses. His smooth lips… O h – m y – g o d

Breathe taken, literally. And the best orgasm ever.

Afterwards, a good night of sleep in my husband’s arms. I LOVE IT.

And on the next day I couldn’t share it. Who can I talk about sex with?

My day was filled with this sensation. I could fill him inside me. I concentrated hard on my work to distract myself from this suit and hot memories of one only and especial night of sex.

When you are young, it is quite a commun subject and you are not afraid to offend or just seem naïve. But in my age, who can understand that I just want to describe this incredible sensation?

Sisters, on their failed marriage?

Friends? Single mothers without partners.

Colleagues at work? Why should I share it with them?

Mom? I don’t think so.

So, I came here to open my heart and register one of my happiest and pleasure moments in these 17 years, completed last week, together.

I have warned you. If you know me, you understood this text. And for that who does not know me… hope you could get the best of this breafing.

Namaste

Aneci Fernandes

Voz Alta

Pela primeira vez em 16 anos de casados, meu marido levantou a voz numa discussão.

Eu perguntei porque ele estava gritando e ele respondeu que estava frustrado com nossa discussão.

Na verdade parecei que ele não tinha argumentos para contra-argumentar os meus e perdeu as estribeiras. Uma pena, pois eu parei de discutir, perdi o apetite e pedi desculpas.

Sobre o que discutimos?

Eu disse a ele que não queria fazer amizade com um amigo que está vindo morar ilegalmente na Inglaterra.

Arrependi-me.

O que eu ouvi de volta?

Que eu penso que apenas meus amigos são perfeito. (eu já cortei um monte da minha lista para ter paz de espírito). Que eu não gosto de nenhum amigo dele. (ele não tem amigos. É a pessoa mais isolada e anti-social que conheço). Que se os amigos deles não são bons ao meu ver significa que ele só atrai coisa/gente ruim para a vida dele e isso conclui que ele também não é bom suficiente. (essa é uma das leis do Universo, você mantém na sua vida o que você quer). Acrescentou ainda que eu. não gostava da cunhada dele (eu gosto dela mas não gosto daquela energia de arrependimento de não ter casado com ele. Não sou obrigada a aguentar isso. Mas reconheço que ela é uma pessoa de bom coração)

E como se a discussão não fosse o suficiente, começou a colocar meus amigos homens na conversa. Aí eu fiquei perdida na discussão. Falou de todos os amigos que são afim de mim. Das vezes que dormi na casa do Iso em São Paulo. Colocou o falecido Arnaldo na conversar e até o meu ex marido veio à tona.

Sabe de uma coisa? Ainda não conversei com ele sobre isso. Mas a sensação foi imediatamente sentir-me desamparada e frágil. A história da vítima ser a culpada. A única coisa errada que fiz, e prometi a mim mesma não fazer mais, foi deixar minha intuição falar mais alto. Nesse ponto ele tem razão. Eu não preciso prever e antever tudo. Eu posso deixar as coisas acontecerem e me surpreender positivamente. Afinal as chances são sempre 50/50, não são?

Pois é. Magoada. Arrasada. Sem apetite. E sentindo-me mais longe de casa que nunca. Acho que ontem seria o dia de ir para a casa dos meus pais. Mas… vivemos numa ilha.

Namsatê

Carlisle’s Cathedral

Tive a oportunidade de ir à missa hoje (20/05/2022). É a primeira vez em 16 anos ou mais. Nada fazia sentido mas eu me forcei para participar do ritual. Acabei por comungar. Fui batizada e criada na igreja católica, portanto conheço de berço todos os rituais. O ritual foi tão vazio. Ainda assim segui para o altar e comunguei. O pedaço da hóstia em minha boa lembrou-me minha infância quando eu comungava e achava que estava a fazer algo errado por não sentir nada de especial. E como na infância, ajoelhei-me para orar e então a mágica aconteceu. Todos os símbolos que eu havia visto na igreja até aquele momento voltaram para a minha mente e eu senti uma grande emoção.

De repente fez sentido aquela agonia do peito que sinto desde sempre de vez enquando. Aquela sensação de ter feito algo errado sem ter feito nada errado. Ficou claro que como curandeira, mulher que cura através da natureza, tenho que me esconder o tempo todo para não ser encontrada pela inquisição.

A terapia de vidas passadas tem aberto portas e janelas na minha alma. Para além dos canais de comunicação com os mentores e as energias cósmicas.

Eu sei que parece tudo loucura mas é o que estou passando agora.

Menopause 1

Have you ever had the necessity to drive away? To run, to scape, to disappear but still have an adventure in the world?

I have no strength to go to work anymore. I have no meaning to go to work anymore. Everything is so meanless. Family, money, work, home, beliefs, friends…

Day by day has been the same. No energy to go on. No more feelings. Just this empty big hole inside my chest that reach my mind. And the need to run, run, run and never sport running.

So, my biggest hope is this new therapy I’m starting today.

Promise to share all about that later.

Namaste

Aneci Fernandes

Do you know?

Do you know those days that you are alone, happy, feeling free and tired? This is me today. I just need to share my house with my cats. I cannot say that I’m not happy. My freedom sensation is intoxicating. And I am tired, with no energy at all, drained.

I was listening on of my favorite podcast and I found this video

It is about how society can build any strong and illogical rule, and how we deal with that. If you accept it you are classified as a NORMAL(?) otherwise you are an EXCEPTION(?). Realy? Yep.

Being single is not an option. It is considered a disease, a disturb. And being married is welcome, respected and expected. Why? Just because it was made conventional years ago, and how many years we are talking about?

It seems to me that we are on constantly changing, and to survive we need to adapt to it.

I confess I am old school regarding music, art and food. However, I am willing to try the new. It means I can decline some of those transformations but I cannot ignore them. Technology and new gender are real and all of us need to deal with that.

Anyway, this video makes clear why some people like me, sometimes wants to be alone at home.

Namastê

Aneci Fernandes

Stereotypes

I’ve just finished seeing the only two Emily in Paris seasons available on Netflix.

First: I love Lily Collins. She is soo talented.

Second: I agree 100% with the critics. This series has lots and lots of stereotypes and I cannot say I haven’t ever seen any of them. It is because I am a Brazilian nurse lost in Europe where Brazilian women are prostitutes and nurses are fetish.

Third: the drama-comedy was well written and kept me up to the last episode.

Fourth: I didn’t know Philippine Leroy-Beaulieu and know she is one of my favorites.

Fifth: The main cast was AMAZING and you should see it when you are bored at home. I promise a very good laugh and a bit of suspense too.

Finally, French is the next language that I will learn.

Arrevoir

Aneci Fernandes

Trabalho, trabalho, trabalho

Eu gostava do que eu faço. Eu gostava de ser enfermeira e de ajudar as pessoas, de cuidar e de diminuir de alguma forma o sofrimento. Já não gosto mais.

A menopausa trouxe a consciência de que para além do meu corpo, minha mente também necessita de descanso e repor as energias. E eu aprendi isso a duras penas.

Passei por uma cirurgia de reparo do tendão do tornozelo direito no dia 11 de Fevereiro de 2022 e no dia 30 de Março lá estava eu de volta ao trabalho de muleta e tudo. Na primeira semana minha chefe cumpriu com as orientações dadas pelo departamento da medicina do trabalho e eu fui alocada para os serviços burocráticos. Porém na segunda semana eu voltei a trabalhar na minha escala normal onde a gerente de enfermagem pretendia que eu poderia sentar-me mesmo tendo que cuidar de 3 a 5 pacientes, que embora independentes, dependiam de mim no pós cirúrgico.

Problemas a parte, eu ainda gosto de estar na ativa mas não gosto de me sentir tão cansada para fazer algo que eu supostamente deveria gostar. Pedi para reduzir as minhas horas e a desculpa para não foi a mais deslavada possível, isso iria reduzir o meu salário. E a minha resposta foi a mais sincera possível: tenho o apoio do meu marido.

Resumindo, sexta-feira dia 22/04 foi um dia normal de trabalho e eu senti muito o enrijecimento do meu tornozelo operado no final do plantão. Falei com a medicina do trabalho e fui orientada a procurar meu posto de saúde. No sábado fui para o pronto-socorro pois a dor não me deixou dormir. Fui novamente orientada a procurar o meu posto de saúde e o departamento de medicina do trabalho. Hoje, segunda-feira 25/04, consegui agendar uma consulta para amanhã no posto de saúde. Não fui trabalhara claro. E enquanto eu tentava agendar minha consulta a minha chefe me liga para saber se eu volto ao trabalho amanhã.

Não tenho mais nada a dizer.

Namastê.

Aneci Fernandes

VOLTANDO PARA O TRABALHO

Após minha consulta médica de hoje, eu estou livre para caminhar sem apoio após a cirurgia. Mas ainda tenho o limite de não usar o avental de chumbo. Retorno ao trabalho amanhã e com a mesma dor no coração de sempre: short staff.

A primeira coisa que minha chefe disse antes de me cumprimentar foi: “Estava numa reunião onde a falta de pessoal no hospital alcançou ao ponto de pesadelo. 345 pessoas afastadas no hospital, 85 por C19 e 18 funcionário do nosso setor com C19.

Eu me ofereci para voltar mais cedo para o trabalho e ignorei o atestado médico orientando uma semana de fisioterapia. Por algum motivo insano eu pensei nos meus colegas de trabalho e nos pacientes. Mas antes mesmo de começar a trabalhar já me arrependi do retorno precoce.

Esse ciclo vicioso daqui no Reino Unido, falta de mão de obra qualificada para a área da saúde é algo que me incomoda profundamente. E mais ainda como as instituições sugam toda a energia de cada membro da equipe em vez de poupá-los e mantê-los. Uma pena.

Isso apenas reforça a minha ideia de aposentadoria precoce ou mudar de profissão.

Namastê

Aneci Fernandes

Heróis também pedem socorro

Nós os heróis e heroínas também pedimos socorro. Alguns são espertos e humildes o suficiente para pedir socorro mais cedo. Outros, como eu, aguentam até a última gota de sangue.

O que acontece com você, herói? Se você pedir ajuda o mundo descobre que você tem fraquezas e se você não pedir o mundo suga todas as suas energias. Que encuralada!

Semana passada minha irmã, minha fonte de inspiração, a heroína do meu imaginário, a super mulher-mãe, a empresária de sucesso, ligou-me para pedir socorro. A pressão é tão grande. As exigências são tantas que ela chorou por 30 minutos de conversa. E eu a ouvi.

Quando um herói ou heroína chora e pede socorro é porque a ilusão de poder salvar o mundo sozinho caiu por terra. E a sensação de fracasso é imensurável. A culpa disso tudo não se encontra apenas em nós, os heróis que tem medo de fracassar. O buraco é mais em baixo. Isso tudo foi criado e vem de um contexto social muito antigo. Principalmente para as mulheres que assumem todos os deveres e afazeres do dia a dia que se iniciam do despertar e despertar a família, fazer o dia correr sem entraves e certificar-se que cada membro do clã volte para a cama são e salvo.

E eu me pergunto por quê? Se os heróis imaginários com superpoderes tem ajudantes, trabalham em grupo ou em equipe, por que nós heróis reais e mortais queremos fazer tudo sozinhos? A família é uma equipe. E por vezes precisa de orientação para agir como tal.

Então meus querido heróis e heroínas. Não esperem para pedir ajuda quando tudo estiver perdido. Aprenda a solicitar e aceitar a ajuda do outro logo no começo da sua carreira como herói, ou em qualquer momento dela. Nunca é tarde para redistribuir as tarefas, os afazeres, as obrigações e ainda manter a pose de herói.

Pensa nisso com carinho. Eu sei que você anda sob estresse também. E isso, caro herói e cara heroína, pode destruir você e à sua família.

Namastê

Aneci Fernandes

A Morte Lâmina do Tarot

A Morte é a lâmina de número 13 no Tarot. Ela vem na sequência do O Enforcado e antes de A Temperança. E se você pensar na história que as lâminas do Tarot contam, compreenderá que A Morte reflete o momento de transição consciente.

Enquanto o enforcado representado por uma figura pedurada pelos pés, e sem poder livrar-se da situação em que se colocou, A Morte indica o movimento de transformação, a ação que faz mudar. Ela traz o desconhecido e tira-nos da zona de conforto. E por essa razão nos assusta.

Meu primo sofreu um infarto e passou 5 dias na UTI. Meu amigo de faculdade morreu quando escalava o Everest. Outra amiga de infância recentemente foi tratada de câncer de mama. Esse é o tipo de mudança que são relacionadas, erroneamente, com A Morte.

Mas A Morte é um símbolo que adverte sobre as mudanças que vem. E cabe a nós fazer com que essa mudança seja prazeirosa ou dolorida. E o segredo é focar na solução do problema que se tem em mãos. Isso leva tempo e prática. Mas eu garanto que vale a pena.

A mudança de endereço por algum motivo. Um novo cargo no trabalho. O inicio de uma vida nova em outro país. Enfim, morrer num lugar para renascer em outro.

Escolha você o que você quer fazer com a sua lâmina A Morte. Ela tem muitos significados mas cabe a você qual deles aceitar e acreditar.

Namastê.

Aneci Fernandes